Uma pessoa conhecida disse-me que estava passando por uma rua no Centro do Rio e ouviu um senhor dizer “com licença senhora” e a senhora retribui, “pois não senhor”, “obrigada senhora”. Ela disse, achei tão bonito ouvir aquelas palavras tão cordiais.
E eu fiquei mais uma vez a devagar, como as coisas que deveriam ser normais, às vezes nos impressionam, ser delicado, atencioso e gentil deveria ser algo normal, como beber água, mas não, a vida nos faz correr tanto que não há tempo para as pequenas delicadezas e educação. Perdemos o hábito das boas maneiras que nos foram ensinados quando criança, não fale com a boca cheia, agradeça o presente, sempre fale por favor, com licença... Sou uma pessoa que dá bom dia até para o cachorro de rua, acho importante ter sempre um sorriso no rosto e uma delicadeza no olhar. Pedir licença sem empurrar, dizer muito obrigado ao motorista que nos deixou em segurança no trabalho, pedir desculpa por um erro cometido, são gestos que fazem toda a diferença.
O outro acontecimento foi que essa mesma pessoa num papo, ela me revelou o grande amor de sua vida. Mesmo chegando aos quase setenta anos, o coração bateu forte quando encontrou o seu grande amor na rua. Eu disse, que bom, é sinal que estás bem viva!
Ah o amor! Ele realmente é como tempo, nunca envelhece sempre pronto a nos surpreender! Ele chega silencioso como o nascer do sol, ou barulhento e avassalador com os raios e trovões, como faz bem a alma. Ela me contou o quanto foi intenso e lindo o que viveu. Dei-me o direito de só ouvir aquela história e ver os olhos dela brilharem. O encontro casual na rua que durou alguns minutos foi o suficiente para ela reviver tudo de lindo e bom vivido.
Sempre é bom estarmos prontos a receber ou dizer um brigado ou eu te amo.
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