domingo, 31 de maio de 2009

A justiça injusta


É impressionante como a justiça muitas vezes é injusta. A verdade e a justiça andam na mesma via, mas no sentido oposto.
Assisti dois vídeos sobre anencefalia, mulheres que estavam grávidas de bebes anecéfalos, e foram proibidas de fazerem um aborto legal.
Duas mulheres fragilizadas por gerarem filhos que já estavam condenadas a morte. A justiça julgou que essas mulheres deveriam levar a gravidez até o fim. Que justiça é essa que deixam essas mulheres já sofridas levar a gravidez até final?
Os vídeos me abalaram na alma, me coloquei na vida daquelas mulheres que não entenderam o porquê fizeram isso com elas. O porquê terem que sofrer tanto, elas e suas famílias... gerar um filho sabendo que não precisa fazer enxoval, chá de bebe, sonhar o seu futuro... já estão sabendo que não poderão planejar o seu aniversario de um aninho, nunca ouvirão eles pronunciarem pela primeira vez, papai e mamãe. Nascer, morrer no mesmo instante...
Que dor, que sofrimento.
Elas entraram em trabalho de parto e viram seus filhos mortos, sofreram muito. Foi uma injustiça...
A justiça precisa agir com essa frieza com as crianças que estão vivas e com as vidas marcadas pela injustiça e crueldades da sociedade. Meninos e meninas jogados a sorte, vivendo de pequenos roubos, cheirando cola, matando pessoas. Por que a justiça não tem o mesmo rigor. Essas crianças têm cérebros, são brasileiros, vivem sem direitos básicos de nossa constituinte, do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Não compreendo, quero para entender o sistema, mas acredito ser impossível. É muito injusto. É cruel.

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Por que mais pessoas? Gosto de pessoas e do Pessoa, meu poeta. Fico muito tempo pensando nas razões que levaram o poeta escrever sobre determinado assunto.Esse blog é também para transcrever, e refletir textos que li de Fernando Pessoa, outros poetas e escritores. A leitura é o som quando não se tem mais nada a falar.